
11 de janeiro, de 2024 | 07:10
Proteção contra a dengue é urgente na população
Arquivo pessoal
O microbiologista e virologista Flávio Guimarães alerta que dengue mesmo sem hemorragia é preocupante
Silvia Miranda - Repórter Diário do Aço 
Em toda a Região Metropolitana do Vale do Aço, a dengue tem sido um assunto de muita preocupação. Além do clima propício, de calor e muitas chuvas que multiplicam os focos do mosquito, médicos e virologistas alertam que, mesmo na forma não hemorrágica, tanto a dengue como a chikungunya podem matar.
A médica infectologista que atua em Ipatinga, Carmelinda Lobato de Souza, reforça que há sim um aumento de arboviroses nesta época do ano, pois no verão chove mais, as temperaturas aumentam e isso contribui com a proliferação dos focos do mosquito. "O que está chamando atenção e trazendo uma preocupação maior é o aumento significativo de casos. Estamos vivenciando uma epidemia de arboviroses, com destaque para chikungunya, o que tem levado a casos mais graves com manifestação atípica dessa doença", explica.
Carmelinda Lobato reforça que as arboviroses, tanto dengue como chikungunya, independentemente de haver a forma hemorrágica, quando há o sangramento, a doença pode realmente matar. "Porque pode evoluir com choque em virtude do extravasamento plasmático que tem no caso da dengue, e no caso da chikungunya também pode acontecer, além das formas graves da doença, onde também podem levar a óbito. A gente pode ter chikungunya no coração, no sistema nervoso central e nos rins, são os casos mais graves", alerta.
O microbiologista, virologista e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Flávio Guimarães da Fonseca, conta que houve uma reclassificação da doença, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), antes com apenas dois tipos, agora são três, a primeira de forma branda, a dengue com sinais de alarme e a dengue tipo grave. "Uma pessoa pode ter dengue grave, não ter hemorragia, mas ainda assim está com risco de morte. Porque a dengue pode causar a falência de outros órgãos. A dor abdominal é um sinal de alarme, mesmo que não haja a hemorragia aparente", completa.
Arquivo pessoal
A médica infectologista Carmelinda Lobato chama atenção para o aumento de casos da doença

Flávio Guimarães aponta que o aumento do número de casos de dengue pode ter relação com o retorno de sorotipos que estavam desaparecidos há muito tempo. O fato ainda está em estudos, mas estes tipos circulavam em baixa quantidade até dois anos atrás, sendo apenas dois tipos os principais responsáveis no Brasil. Agora a maior parte da população não está mais imune a dengue tipo 3, isso pode justificar o aumento nos casos graves.
Repelentes
O uso de repelentes adequados é uma das formas mais práticas de se proteger da doença. É de extrema importância cultivar o hábito de usar o produto diariamente, de forma correta. "Os repelentes precisam ser a base de DEET (dietiltoluamida), em torno de 5 a 15% já oferecem a proteção contra o mosquito. Os repelentes a base de picaridina ou icaridina, com 20 a 25% de concentração, seguir a orientação de como usar", orienta a médica Carmelinda Lobato.
Ainda conforme as orientações da médica, em caso de uso de protetor solar, é necessário aguardar 30 minutos após a aplicação e só depois passar o repelente. E não utilizar nos olhos, boca e feridas. Bebês abaixo de dois meses não devem utilizar repelentes. Para crianças acima de dois meses e abaixo de seis, é indicado o uso de óleos de eucalipto e limão. Os repelentes infantis só acima de três anos.
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Cidadão
11 de janeiro, 2024 | 09:28Kd o fumacê? Kd os agentes de combate à dengue? Kd as campanhas educativas?????”
Everaldo Leal
11 de janeiro, 2024 | 07:20KD as vacinas?”